Diferenças entre códigos lineares e bidimensionais

Quando o estudante de TI americano Norman Joseph Woodland, inspirado pelo código Morse, esboçou a primeira ideia de código de barras na forma de linhas verticais na areia da praia, em 1949, não poderia imaginar que apenas três décadas depois esse código teria um impacto gigantesco na cadeia de suprimentos.

Existem atualmente milhares de simbologias de código de barras diferentes, mas todas se enquadram apenas em duas categorias: unidimensionais (1D ou linear) ou bidimensionais (2D).

As empresas incorporaram os códigos de barras 1D e 2D em suas etiquetas, ora a pedido de clientes, ora para atender a padrões de etiquetagem específicos do setor de atuação ou para melhorar a rastreabilidade em toda a sua cadeia de produção e serviços. 

Mas quais são as diferenças entre os códigos 1D e 2D?

Os códigos 1D ou lineares são aqueles códigos que usam linhas e espaços paralelos (barras) de largura variável para codificar os dados.

O código linear tem algumas características específicas, como:

  •   Registra informações em uma única dimensão.
  • A maioria leva apenas um GTIN (Global Trade Item Number) ou identificador numérico que fica abaixo das barras paralelas.
  • Pode ser digitalizado por scanners a laser tradicionais ou de imagem.

 O tamanho da imagem das barras aumenta linearmente com a quantidade de dados codificados.

Já o código 2D é um código bidimensional, significa que ele utiliza as dimensões horizontais e verticais para codificar dados em uma área, formando o conhecido padrão de grade quadriculada disseminado pelo QR Code. 

Inventada no Japão nos anos 1990, a tecnologia pioneira com o campo de pixel quadrado com três quadrados de posições fixas nos cantos, foi apelidada de quick response, ou resposta rápida, porque podiam ser lidos através da tecnologia de câmera do smartphone. Surgia o QR Code, um padrão disponível globalmente e o mais utilizado dentre os códigos bidimensionais.

Quais as vantagens dos Códigos 2D? Abaixo listamos algumas:

 

  • Armazena mais de 4 mil caracteres alfanuméricos.
  • O tamanho da imagem dos Códigos 2D não necessariamente aumenta com a quantidade de dados codificados.
  • Ocupa uma área menor na embalagem e o mesmo código pode ser lido pelo PDV, pelo consumidor e outros.
  • Codifica imagens, endereços de sites, sons e outras variações de dados binários.
  • Pode ser digitalizado e lido sem que o leitor esteja conectado a um banco de dados.
  • Devido a seu tamanho reduzido, pode marcar itens muito pequenos, onde a etiqueta de código de barras não caberia.

 

Os códigos lineares ainda são muito requisitados para os casos em que os dados tendem a mudar com frequência, por exemplo, preços ou conteúdo de um contêiner. 

O fato é que as empresas usam variações de códigos para diferentes aplicações, dependendo da operação e conhecendo os recursos e as limitações de cada código. O aumento dos códigos 2D permite troca de dados para fins de rastreio, visibilidade da cadeia de abastecimento, segurança para o consumidor e diversas atividades ligadas ao marketing e ao trade.

O varejo já percebeu as infinitas possibilidades que o código bidimensional proporciona, basta ver as iniciativas voltadas ao omnichannel, uma comunicação em múltiplos canais. É uma integração total entre o físico e o virtual, fazendo com que a experiência do consumidor seja completa.

Do ponto de vista do consumidor é maravilhoso, pois com um aplicativo de leitura de QR Code no celular ele pode simplesmente apontar para um código 2D e ter acesso a uma quantidade enorme de informações a respeito do produto. Pode ser transportado para um site, conhecer promoções, proveniência, certificar se a empresa é orientada para a sustentabilidade (ESG) e até obter informações sobre reciclagem de embalagens. 

E na sua empresa, os códigos 2D já são uma realidade? Se precisar de ajuda para fazer a implementação correta, consulte nossos especialistas!

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